Alckmin discursa em Reunião do Confaz

Geraldo Alckmin: Muito bom dia a todas e a todos. Dizer da alegria de recebê-los aqui em São Paulo. Cumprimentar o doutor Andrea Calabi, secretário da Fazenda; o ministro Nelson […]

sex, 16/12/2011 - 13h15 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Muito bom dia a todas e a todos. Dizer da alegria de recebê-los aqui em São Paulo. Cumprimentar o doutor Andrea Calabi, secretário da Fazenda; o ministro Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério e presidente do Confaz; o Carlos Martins, coordenador dos secretários do Confaz; Manuel dos Anjos, secretário-executivo do Confaz; Carlos Alberto de Freitas Barreto, secretário da Receita Federal; Carlinhos… Carrillo Flores, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID; René Sousa, presidente da COTEPE, que é a Comissão Técnica; Cláudia Regina Gusmão, representando a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional; Eduardo Coutinho Guerra, representante do tesouro nacional; senhores secretários, secretárias, as equipes técnicas, dizer da alegria de nos encontrarmos aqui.

Eu sou fã deste trabalho da Fazenda, acho admirável. Dele depende todo o restante da ação do Governo. Mário Covas quando fez o ajuste fiscal, muito forte aqui em São Paulo, na década de 90, ele dizia: “Isso não é uma visão economicista, é que sem isto não tem hospital, não tem escola, não tem saneamento, não tem desenvolvimento, essa é uma pré-condição para que os estados, e por conseqüência o país, possam caminhar melhor”. Então, primeiro, dizer da importância do Confaz, a casa da Federação, é uma casa onde os estados têm o poder importante a ser exercido. A Federação é sempre mais complexa do que os regimes unitários, mas é sempre mais plural. Em país continental, a gente vê Estados Unidos, Canadá, Alemanha, federações muito fortes, né? Países grandes, a descentralização importante. Isso é uma casa extremamente significativa.

E quero aqui dizer que é interessante, a Fazenda nem sempre esteja na ribalta, ela é cada vez mais reconhecida pela população. Uma vez, Calabi, eu estava vendo uma pesquisa qualificativa sobre a população avaliando os seus administradores, candidaturas futuras. Então, tinha lá, o top das aspirações e das esperanças populares. Primeiro, honestidade. Está fora do jogo quem tiver um risco do ponto de vista ético. Segundo, transparência, luz do sol sobre as coisas. Terceiro, interessante, já esperado, sensibilidade social, você enxergar quem sofre, quem precisa. Quarto, conhecimento de finanças públicas. Quer dizer, a população via necessidade das pessoas conhecerem finanças públicas, conhecerem gestores. O doutor Calabi até ficou entusiasmado, porque eu disse a ele que aqui em São Paulo, o Carvalho Pinto foi secretário da Fazenda, e em seguida virou governador de São Paulo, né?

Andrea Calabi, secretário da Fazenda: Eu vou ser secretário de Candeias, governador.

Geraldo Alckmin: Mas o fato é que a população, que tem uma sabedoria enorme, ela, “olha, precisa… As questões das finanças são essenciais para o desenvolvimento do país”. Emprego, investimento, renda, qualidade de vida para as pessoas. Aprovamos essa semana, aqui em São Paulo, a nossa previdência complementar. Eu sei que o Governo Federal deve fazê-la em fevereiro, terá todo o nosso apoio; acho que é importante para o país ter mais poupança interna, e de outro lado, nós termos contribuição definida para evitar déficits futuros.

Temos a comemorar uma espetacular mudança demográfica. O que não aconteceu em milhares, aconteceu nos últimos 50 anos; coisa fantástica. Diz que o homem na época das cavernas, homem, mulher, a expectativa de vida média ao nascer, era 18 anos de idade. No Império Romano, era 24 anos de idade. No Brasil do século passado, 1940, Luis Carlos Raoli, era 43 anos de idade; hoje é 74. Quem passa dos 30, é 80, e subindo. Nós vamos chegar, rapidamente, a 100 anos de idade. Um dia desses, eu fui a um clube da terceira idade, aqui em São Paulo, Vila Prudente, e tinha 200 pessoas; fui lá dar uma palestra. Média de idade ali, 85 mais ou menos. Só mulheres, os homens já tinham morrido todos, e o nome do clube era As Sapecas.

Então nós vamos, Nelson, chegar a 100, as mulheres não morrerão mais, né? Mas vivemos um outro momento, né? Bonito. Eu tenho 59, então os meus colegas de ginásio, científico, faculdade, é tudo na faixa de 58, 59, 60. Eu encontrei uma colega minha de faculdade de medicina; ela sempre foi bonitona, ela falou para mim, “olha Geraldo, estou revoltada”. Eu falei, “por que, Zuleica?”; “estou revoltada. Abri o jornal hoje, ‘Idosa atropelada’, aí vou ler, ’60 anos’. Como é que é possível um negócio desses? Idosa atropelada”. Mas o fato é que nós vivemos um outro momento, e temos que correr atrás aí, para estar criando condições para o futuro de sustentabilidade. Sustentabilidade não é só ambiental; sustentabilidade econômica, sustentabilidade social, enfim.

Mas nós viemos aqui para dar um abraço para cumprimenta-los, destacar a importância desse fórum, como casa dos estados, da federação, do povo brasileiro. Dar as boas vindas, abraçar o Nelson; transmita ao Guido Mantega um abraço muito afetivo. Cumprimentar o doutor Calabi, sua equipe, que fazem aqui um trabalho aqui, muito bom. E cumprimentar todos vocês.

Bem vindos a São Paulo, bom trabalho.