Governador discursa na entrega da Vila Dignidade em Caraguatatuba

Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Dizer da alegria de estarmos juntos aqui em Caraguatatuba na antevéspera da passagem do ano, um momento tão importante como a […]

sex, 30/12/2011 - 18h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Dizer da alegria de estarmos juntos aqui em Caraguatatuba na antevéspera da passagem do ano, um momento tão importante como a entrega aqui desse Conjunto Residencial. Cumprimentar o prefeito Antônio Carlos da Silva; o Júnior, o vice-prefeito; o deputado Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico; Marcos Penido, secretário-adjunto da Habitação; nosso prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury. Nós saímos agora de São José, entregamos, lá no Jardim Interlagos, 349 apartamentos novinhos para a população. Saudar aqui o prefeito de Paraibuna, o Antônio Marcos de Barros; Natividade da Serra, João Carvalho; Manoel Marcos, ex-prefeito da Ilha Bela; Luiz Carlos Rachid, nosso gerente regional do Litoral; o Múcio Mattos, Dr. Múcio delegado seccional; Coronel Góes, comandante do 20º Batalhão; o José Bosco de Castro, nosso superintendente da Sabesp do Litoral; padre Alessandro Coelho; pastor Edirceu dos Santos Oliveira; irmã Alessandra; da Casa de Saúde, Stella Maris; Marta Borges da Silva, coordenadora do Centro de Referência da Melhor Idade; Sebastião Passarelli, conselheiro do Conselho Estadual do Idoso; amigo Jorge Malerba; Vicentina Barbieri, presidente da Associação de Combate ao Câncer; vereadores, secretários municipais, amigas, amigos, moradoras e moradores aqui do Residencial.

Dizer da alegria e que hoje é um dia histórico. Dia 30 de dezembro que a gente entrega aqui essa beleza de conjunto. E daqui dez dias, Antônio Carlos, nós vamos ver aqui o Acessa São Paulo, então vai estar instalada toda parte de internet, computadores, para o pessoal poder navegar a vontade. E esse conjunto ele é feito exatamente para as famílias da melhor idade. Então, as unidades foram projetadas a partir de um conceito de desenho universal, com acessibilidade e segurança, portas e corredores mais largos, a gente vai poder verificar isso, barras de apoio, pias e louças em altura adequada, interruptores em quantidade em alturas ideais, campainha luminosa, rampas e pisos antiderrapantes, salão de convivência, enfim, todo um conjunto preparado para receber as famílias da melhor idade e nós começamos com vinte unidades, aqui em Caraguatatuba.

Também estamos aproveitando hoje… nós vamos fazer aqui, à pedido do Antônio Carlos, a pavimentação da vicinal Rio Claro; então já temos aqui a construtora, são R$ 6,8 milhões, o início vai ser agora em janeiro, já começa nesse mês e a gente espera em oito meses entregar a obra de 7,8 km de pavimentação aqui da vicinal Rio Claro. Acesso ao CDP, acesso a Fundação CASA; uma obra importante aqui para a comunidade. Temos também os recursos aqui do Dade, a reurbanização da Avenida Geraldo Nogueira da Silva. São R$ 5,7 milhões. Terminamos quatro rotatórias na SP-55, foram mais R$ 7 milhões. Temos duas escolas novas no bairro do… Uma no Itaguaçu e outra no Perequê Mirim… Massaguaçu e Perequê Mirim, duas em construção e temos uma grande obra que é a Tamoios. Essa é a grande obra, vai ser a maior obra do estado, totalmente estruturante. Então nós começaremos já em março a duplicação de 54 km até o Alto da Serra e uma boa notícia: ontem, dia 29, nós já demos entrada no Consema do Eia/Rima do contorno norte de Caraguatatuba. Já tínhamos dado entrada no contorno sul de Caraguatatuba, a partir de janeiro já começam as audiências públicas, eu acho que vão ser aqui no Teatro Municipal aqui da cidade, Mário Covas, e até abril nós daremos entrada em todo trecho da Serra já no Eia/Rima. Então a gente vai ganhando tempo para poder executar. Aprovado no Meio Ambiente o projeto executivo, vamos também para as obras. Essa será a grande obra que é importante, Caraguatatuba é hoje a capital do desenvolvimento, cidade que tem progresso e o hospital, exatamente, e o hospital regional, não é? Que nós vamos buscar a melhor alternativa aí.

Mas eu quero dizer da alegria de estar hoje aqui. Diz que na vida a gente vive sonhando, não é isso? Eu vejo a minha netinha, ela e a boneca, então dorme com a boneca, passeia com a boneca, carrega a boneca, sonha com brinquedo, sonha com chocolate, sonha com a namorada, sonha com o namorado, sonha com os filhos, sonha com os netos. E o sonho da família é a pessoa ter um teto, ela ter segurança, ter um local que ela possa ficar, com conforto, segurança, que é novo, sair do aluguel, que é um dinheiro sofrido, às vezes não é fácil, às vezes você tem que morar com parente, por melhor que sejam as pessoas, às vezes a pessoa não tem sua liberdade; então esse programa começou no governo do Serra, nós estamos dando continuidade, é um programa que você cria um núcleo habitacional totalmente preparado, arquitetura, acessibilidade para as pessoas da melhor idade e serviços que aqui são prestados à nossa comunidade. Então a gente fica muito feliz de entregar aqui a chave, dizer “a casa é sua, tenha muita alegria, muita felicidade”.

E, olha, o Antônio Carlos está dando uma boa notícia que ele terá a secretaria da inclusão social e da melhor idade e que vai tocar aqui. E, houve um congresso de geriatria, de gerontologia, então a primeira pergunta é: quem é idoso? Quem é? Acima de 60? 65? 70? 75? Bom, a conclusão foi o seguinte: idoso é quem tem, pelo menos, dez anos a mais do que nós.  Quando você tem 40, você acha que é depois dos 50; quando você chegar nos 50 é depois dos 60; quando você chegar nos 60 é depois dos 70, isso é um espetáculo. Um dia desses eu ouvi… Eu tenho 59, Antônio Carlos, os meus colegas de ginásio, de escola, faculdade, tudo nessa faixa: 58, 59, 60; então tem uma colega minha, que foi colega de ginásio, de científico e de medicina, ela é médica, endocrinologista, doutora Zuleica, e ela sempre foi bonitona e ela tem um ano a mais do que eu, aí um dia desses eu encontrei com ela e falei: “Zuleica, tudo bem?” e ela falou: “Não, eu estou revoltada”. “Mas, por quê?”. Abri o jornal: “Idosa atropelada”, aí fui ler a matéria, a menina tem 60 anos. Então, mudou.

Você sabe que o homem das cavernas vivia 18 anos; no Império Romano, expectativa de vida média ao nascer era 24 anos; o Brasil rural do século passado, a expectativa de vida média ao nascer era 43 anos de idade, porque morria muita criança, a mortalidade infantil era 140, hoje é, no Brasil, 20; São Paulo é 11, quase nível europeu. Então, hoje, já fomos para 73; São Paulo, 75; mulher vive, em média, mais do que nós, cinco anos a mais. Um dia desses eu fui em um Clube da Terceira Idade, Tadeu, lá na Vila Prudente e aí tinha lá umas  200 pessoas, tudo acima de 80. Só mulheres! Os homens já tinham morrido todos, viu? E o nome do clube era As Sapecas. Mas o fato que é nós fomos para… São Paulo é 75, quem passa dos 30, como nós, vai para mais de 80, porque você sai da vulnerabilidade juvenil, morre muito jovem em fim de semana, sexta, sábado, domingo, não é de doença, é de causa externa: carro, motocicleta, tiro, violência, então você passou dos 30, vai para mais de 80. E duas boas notícias: agora nós vamos passar de 100 anos de idade e as mulheres não morrerão mais. Bom Ano Novo!