Governador discursa durante a sanção da lei que cria o programa Se Liga na Rede

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Uma alegria nos encontrarmos aqui no início do ano para promulgar uma lei que a Assembleia votou, que é muito […]

seg, 02/01/2012 - 9h30 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Uma alegria nos encontrarmos aqui no início do ano para promulgar uma lei que a Assembleia votou, que é muito importante e irá beneficiar muito a população de menor renda, a saúde e o meio ambiente de São Paulo. Quero agradecer o chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo; secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, deputado Edson Giriboni; chefe da Casa Militar, Coronel Gervásio; Samuel Moreira, deputado líder do governo na Assembleia; deputado Beto Trícoli, nosso deputado que aqui falou em nome dos parlamentares; Dilma Pena, presidente da Sabesp; prefeita de Iguape, Elizabeth; prefeito de Piraju, Francisco Rodrigues; carinhosamente apelidado de Chico Pipoca; o Marcelino; prefeito de Mairiporã, que aqui falou em nome dos prefeitos Antônio Aiacyda; nosso querido secretário-adjunto; comunidade aqui das prefeituras, agentes comunitários, equipe da Sabesp, amigas e amigos.

Uma grande alegria comparecer hoje aqui, pois estamos dando um passo muito importante. No governo primeiro a gente deve ter eficiência no gasto público, ou seja, combater desperdício, para ser absolutamente eficiente e poder fazer mais em benefício da população. A outra é escolher: governar é escolher. O dinheiro nunca dá para tudo, então, você escolhe. Governar é basicamente escolher, e escolher o ser humano. Asfaltar as ruas é muito bom, mas isso é para o veículo. É preciso investir nas pessoas, no ser humano, por meio do saneamento, água tratada, esgoto sanitário. Fico feliz porque não tivemos nenhum problema de abastecimento de água nesse fim de ano. Para ter uma ideia, em Caraguatatuba, estive lá na sexta feira entregando a Vila Dignidade, a cidade tem 100 mil pessoas e na ocasião comportava meio milhão de pessoas – cinco vezes a população – e não teve um problema de falta d’água. Visitei uma vez o emissário aqui na região do Rio Pinheiros e parecia um túnel do metrô. Você andava por um trem dentro do túnel, do emissário de esgoto. Estações elevatórias moderníssimas, gigantescas, estações de tratamento de esgoto, tubulações, redes distribuidoras, só que a pessoa não liga a rede pois não tem R$ 1.800 para fazer a ligação. Como no caso do Projeto Tietê, que é uma obra gigantesca, profunda, difícil de realizar e, às vezes, a pessoa não tem o recurso para fazer a ligação. Então, o que nós fizemos? Nós mandamos um projeto de lei para a Assembleia, promulgada hoje, autorizando o governo a pagar essa ligação para quem ganha até três salários mínimos. Na Baixada e nos municípios mais pobres deveria ser meio a meio, mas aqui foi de pai para filho, viu Dilma? 80% pago pelo Estado e só 20% pela Sabesp. Então nós vamos investir esse ano de R$ 40 a R$ 50 milhões, e acho que nós podemos chegar a 25 mil famílias: 100 mil a 125 mil pessoas. O programa todo tem a meta de 192 mil casas, quase um milhão de pessoas.

Para onde vai o esgoto? Teoricamente, se não está ligado na rede, deveria ir para uma fossa séptica, só que normalmente a fossa não é séptica. E depois ela enche e custa muito caro contratar um caminhão para ir lá desentupi-la. A maioria das fossas estão com um caninho, com a “valetinha”, mandando embora para a água, e da água o esgoto vai para o jardim, vai para a horta, vai para os rios, vai para as represas. E aí fizemos um programa que é o Água é Vida, destinado para as atividades rurais. A Sabesp leva a rede e distribui em escala, mas na zona rural tem uma casa lá, duas aqui, outra lá, e que estão a 15/20/30 km da cidade. Como é que nós vamos fazer? Então esse programa Água É Vida, nós vamos nas comunidades rurais fazer a fossa séptica, explicar como é que funciona, orientar e fazer uma manutenção junto com as Prefeituras Municipais. E não é só quem mora que tem o problema do esgoto, mas sim o conjunto da população.

Estava fazendo a barba hoje cedinho e vendo televisão, e aí a entrevista era o seguinte: A consciência pesada das festas de fim de ano. Doce, bebida, peru, tem de tudo, não é? Todo mundo ganha um pesinho. Então como é que faz agora para na linha? Então era tudo assim: verdura, fruta, verdurinha, muito verde, agora para com refrigerante, bebida alcoólica, muita energia, açúcar. Só que a verdurinha é produzida nas áreas de várzeas, ninguém vai plantar alface no morro. E precisa muita água! As hortas de grande quantidade são todas por meio de irrigação. Óbvio que nas casas que estão nas áreas rurais mais altas e onde não existe rede de esgoto, esse esgoto está indo para algum lugar. Por isso precisa lavar a verdura várias vezes. Estou dizendo isso porque é uma questão de saúde, de preservação do meio ambiente.

Então nós temos dois objetivos. E o mais importante: dar condições para as famílias de menor renda terem acesso ao saneamento básico. Porque é um paradoxo. Você faz investimentos gigantescos, mas eles não incluem a família de baixa renda pois ela não tem como fazer a ligação, não tem R$ 1.800 para fazer a ligação. Então uma alegria hoje promulgarmos a lei, pois é o primeiro evento de 2012, unindo aqui saúde e saneamento básico e promulgando a lei do Se Liga Na Rede. Nós estávamos comentando antes de vir para cá, no cafezinho, eu falei: Olha esse negocio de muito, muito… Nós precisamos ter uma uma frase que sintetize, uma frase matadora, aquela frase que você pegou e já entendeu, mas não precisava bater também, não é? Mas o agente comunitário vai bater na casa. Se a gente conseguir terminar o ano com 20 mil / 25 mil casas, nós estamos falando de 100 mil / 120 mil pessoas que vão estar ligadas na rede.

Eu queria agradecer aqui a Assembleia Legislativa; o Samuel Moreira, que é engenheiro, aliás, de saneamento, é engenheiro da Sabespiano; o Tricolí, ambos ex-prefeitos, tanto o Samuel quanto o Trícoli, que foi prefeito de Atibaia, e é um grande defensor das causas da saúde e do meio ambiente. Agradecer ao Giriboni, engenheiro politécnico, fazendo aí um ótimo trabalho; doutora Dilma, preside uma empresa que é a maior empresa de saneamento do mundo, não há nenhuma empresa do tamanho de saneamento como é a Sabesp e não só maior, mas melhor, pois nós temos que estar todo dia fazendo o máximo em termos do saneamento e da qualidade de vida da população; agradecer ao Beraldo, nosso Cardeal Richelieu, é ele que comanda o trabalho todo; mas especialmente agradecer a vocês, que no dia dois de janeiro, em plena hora de almoço estão aqui para trazer com o prestigio da presença de cada um e muito brilho a esse nosso encontro. Muito obrigado!