Governador discursa durante a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Cumprimentar a nossa prefeita anfitriã, Dra. Ana Cristina Machado César, prefeita de Campos do Jordão; cumprimentar o governador Paulo Maluf, […]

seg, 09/01/2012 - 9h30 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Cumprimentar a nossa prefeita anfitriã, Dra. Ana Cristina Machado César, prefeita de Campos do Jordão; cumprimentar o governador Paulo Maluf, Deputado Federal; amigos de Campos do Jordão e da nossa região do Vale do Paraíba; cumprimentar a vereador Carlos Roberto Siqueira e Silva, vice-presidente da Câmara Municipal; saudando todos os vereadores aqui presentes; Deputado Federal Edson Aparecido, secretário de Desenvolvimento Metropolitano; secretário Jurandir Fernandes de Transportes Metropolitano; coronel Admir Gervásio, secretário chefe da Casa Militar; Padre Afonso Lobato, Deputado Estadual, presidente da frente parlamentar em defesa do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte; deputado Samuel Moreira, líder do governo; Deputado Marco Aurélio de Souza; Deputada Maria Lúcia Amary; Deputado Hélio [ininteligível]; Edmundo Mesquita, o nosso secretário adjunto Metropolitano; prefeito de Ubatuba, o Eduardo, cadê o Eduardo? Que preside o nosso Codivap; de Aparecida, prefeito Márcio, Igaratá o Elzo; Arateí, o Edson; Roseira, o Marcão; Ilhabela, o Toninho Colucci; São Sebastião, o Hernani; Bananal, o Davi; São Bento, Ildefonso; Queluz, Zé Celso Bueno; Caraguatatuba, o Antônio Carlos; Natividade, João Carvalho; Jambeiro, o Casquinha; Cruzeiro, prefeita Ana Karen; Jacareí, o Hamilton; Pindamonhangaba, João Ribeiro; Potim, Benito; São Luiz de Paraitinga, Ana Lucia; Caçapava, Carlos Vilela; Areias, o José Antônio; São José do Barreiro, o Zé Nilton; Lorena, o Marcelo Bustamante; Paraíbuna, o Barros; Canas, o Naldinho; Lagoinha, o Sérgio Maneco; São José dos Campos, o Eduardo Cury; Guaratinguetá, o Junior Felipo; Santo Antônio do Pinhal, o Zé Augusto; Cunha, o Osmar Felipe; Monteiro Lobato, o Gabriel Vargas; e Taubaté a vice prefeita Vera Saba. Cumprimentar o Dr. Márcio de Souza e Silva Dutra, Delegado Diretor do Deinter-1, Coronel Manoel Messias Melo, Comandante do CP-1, Dr. Ivair Freitas Garcia Filho, Delegado Seccional; Dr. Fernando Pato Xavier, Delegado Titular aqui de Campos do Jordão; Magnífico Reitor Carlos Américo Pacheco, Reitor do ITA; Magnífico Reitor Antônio de Souza Teixeira Junior, Reitor da UNIVAP; Magnífico Reitor José Rui Camargo, Reitor da UNITAU; Renato Viegas, Presidente da EMPLASA; Professor José Bernardo Ortiz, Presidente da FTE; Mario Vieira, Superintendente do CODIVAP; Sebastião Misiara, Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo; Luiz Roberto Barretti, Presidente do Comitê Bacias Hidrográficas da Bacia Hidrografia do Rio Paraíba do Sul; Engenheiro Fauzi Paulo, Ex-prefeito aqui de Campos do Jordão; vice-prefeitos, secretários municipais, representantes de associações, entidades não governamentais.

Uma grande alegria vir com a minha esposa, com a Lu, promulgarmos aqui nestes alcantis da Serra da Mantiqueira, a Lei da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira e do Litoral Norte, reunindo aqui as 39 cidades do Cone Leste. Uma região muito especial, do ponto de vista histórico, aqui nasce a independência. Se nós formos verificar a guarda de honra de D. Pedro, grande parte da guarda de honra de D. Pedro eram filhos do Vale do Paraíba. Essa é a região que deu a base para indústria de São Paulo, quando se dizia: “O Brasil é o café”. E o café é o Vale do Paraíba. A região foi tão rica, que Bananal, aqui do Davi Morais, foi a segunda receita da Província de São Paulo, quando o Império foi fazer empréstimo no Banco de Londres, teve que ter o aval dos fazendeiros do Vale do Paraíba. Lorena teve moeda, tal era a força da economia. E foi essa força econômica do café que alicerçou a indústria de São Paulo, e que fez que o estado, que era pouco importante há alguns séculos, tivesse hoje tamanho de país. São Paulo é maior que a Argentina, tem 41 milhões de pessoas, é a segunda economia sul-americana. Argentina tem menos de U$S 400 bilhões de PIB, São Paulo tem U$S 685 bilhões de Produto Interno Bruto, renda per capta bem mais alta, enfim, o que deu tudo isso foi essa base da economia do café, mas como toda monocultura não se sustenta, o que mostra a importância da diversidade da atividade econômica.

Depois da decadência do café, Monteiro Lobato escreveu o livro “Cidades Mortas”, retratando a decadência do ciclo do café, e a região ressurge com uma extraordinária diversidade econômica. O Vale do Paraíba responde por quase 2% do PIB do Brasil do país todo do Produto Interno Bruto Brasileiro e mais de 6% do PIB de São Paulo. E o café de hoje é o setor terciário, Toninho Colucci da economia, que é serviço, o turismo! Quantos hotéis, pousadas têm Campos de Jordão, doutora? Quase 9 mil leitos, setor terciários, serviços, fico feliz de ver aqui as universidades, e quero brincar dizendo que a disputa é grande entre a Poli, Dr. Paulo, e o Ita, mas o governador é da Unitau, não é? Então, o setor terciário da atividade econômica: turismo, saúde, educação, comércio, setor terciário fortíssimo! O novo café é o petróleo e gás, hoje a maior bacia petrolífera brasileira é a Bacia de Santos do pós-sal, acima da camada do sal, mas em 8, 10 anos a maior bacia petrolífera brasileira vai ser a do pré-sal, abaixo da camada de sal, e a Bacia de Santos, e grande parte das jazidas do Estado de São Paulo.

A cidade de Caraguatatuba do prefeito Antônio Carlos vai ser o maior centro de distribuição de gás da América Latina, então o novo café é indústria que a gente vê aqui esse extraordinário parque industrial da região, a nossa região é comparada ao Vale do Ruhr da Alemanha tal é a sua força industrial. Vai de avião a indústria: química, metalomecânica, automobilística, vidro, enfim, todas as áreas: siderúrgica do setor agrícola dos arrozais da várzea, da madeira, do leite, enfim da fruta, enormemente diversificada! E a região metropolitana é criada exatamente para que a gente possa ter uma sinergia de trabalho, junto com a região metropolitana o conselho de desenvolvimento metropolitano, a Agência de Desenvolvimento, que é o órgão executivo. Enquanto ela não é instalada, a EMPLASA terá o papel executivo até a instalação da agência. E o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano, para enfrentarmos os grandes desafios; o desafio da logística. Nós temos uma região privilegiada, mas temos que avançar muito, então, rodoviária. Vamos recuperar todas as nossas SPs. Aliás, eu desci em Santo Antônio do Pinhal, porque não tinha teto aqui em Campos e peço desculpas pelo atraso. E já, o prefeito Augusto fez a fidalguia de me socorrer lá, e vi já a SP 46, já está sendo licitada. Nós vamos recuperar todas, todas, todas as estradas, avançar nas vicinais e aqui o grande debate logístico da região. Que é a Tamoios, a nova Tamoios para descida da Serra para o Litoral, os contornos, o Porto de São Sebastião. E sempre tem polêmica, sempre tem alguém defendendo o desenvolvimento, alguém achando que esse desenvolvimento pode criar problema. Aí está a razão da região metropolitana, discutir o extraordinário aumento que pode ter o Porto, projetar ferrovia para o segundo momento, dutovia… Nós exportamos álcool todo ele por caminhão, então é necessário ter uma rede de dutos para chegar ao Porto de Santos e ao Porto de São Sebastião, como já temos uma extraordinária rede de gasodutos. Aliás, está pronto já o gasoduto em Caraguatatuba, Taubaté… Então o transporte aeroviário, as aerotrópolis… Antigamente, para crescer uma cidade tinha que está à Beira Mar; não é por acaso que o primeiro município brasileiro é São Vicente, depois tinha que está na beira do rio: São Paulo, o Tietê, Piracicaba, o Vale do Paraíba, Pindamonhangaba… Quer dizer, o local onde se fabricam os anzóis, beira de rio. Depois, os trens, estrada de ferro, a jato… O grupo Nishimura está em Pompéia, porque era a última estação de trem. Depois as autoestradas: A Dutra, Castelo Branco, Bandeirantes, as grandes autoestradas. Hoje é a aerovia. Não é por acaso que a primeira cidade brasileira é São Paulo, depois? Guarulhos, e a terceira é? Campinas, e a sétima é? São José Dos Campos, o Eduardo Cury; aerovias… Então, a questão é o modal que mais cresce hoje. Enfim, discutir a logística, ferrovia, seja para carga, seja metropolitana ou transporte de passageiros.

Nós transportamos hoje, só de trem na região metropolitana de São Paulo, 2,5 milhões de passageiros/dia e no metrô 4,5 milhões de passageiros/dia. Já estamos licitando o VLT da Região Metropolitana da Baixada Santista, que é veículo leve sobre trilhos, ferrovia, como na Região Metropolitana de Campinas, o Corredor Noroeste, apoiar fortemente o trem bala, porque vai fazer a ligação Campinas/São Paulo/Rio de Janeiro, e discutir a questão do transporte ferroviário para melhorar carga e promover o transporte regional de passageiros. Enfim, nós temos enormes desafios. Segurança pública, nós vivemos paradoxos, o prefeito Augusto me dizia que Santo Antônio do Pinhal há nove anos não tem um homicídio. Há nove anos. Nós temos as regiões mais seguras do estado e temos os desafios das grandes cidades. Então, o trabalho de inteligência, de investigação. E temos que ter os prefeitos juntos. No mundo inteiro segurança é tema municipal. Polícia é local. Se pegar o livro do Giuliani, o prefeito de Nova Iorque, metade do livro é segurança, é prefeito. Nós não podemos ter as Prefeituras longe. Prefeituras fazem toda a diferença. Por que rouba carro? Onde é que estão os desmanches? Vamos fechar esses desmanches que desmontam automóvel, motocicleta. Não vamos deixar funcionar. Vamos ver o bar que está tendo problema de violência. Enfim, uma ação articulada. E também envolver o Governo Federal, problema de tráfico de droga. Trazer a sociedade civil junto.

Educação, nós temos aqui, as melhores escolas, mas precisamos avançar nas engenharias. O governador Paulo Maluf tem toda razão. Hoje faltam engenheiros para o desenvolvimento, área tecnológica. A USP, a FAENQUIL nós passamos para USP, vai triplicar o polo praticamente na área química. A UNESP tem que fazer as engenharias em São José. As FATECs, já licitamos a FATEC de Jacareí. Capacitar quem não pôde estudar, o Via Rápida, curso de 100 horas, 80 horas, 200 horas. Poder a pessoas conseguir um bom emprego, ser capacitada para aquele emprego que existe, é o pizzaiolo, o confeiteiro, o padeiro, chapeiro, Construção Civil, um movimento impressionante, enfim, área educacional, saúde… Eu vejo aqui a Sandra, a região do Vale do Paraíba não tinha um hospital público do estado, nenhum! Campinas tem cinco hospitais estaduais, cinco! A maioria das grandes cidades do estado, as grandes cidades têm dois, três hospitais estaduais. O Vale inteirinho não tinha um, aí compramos o Hospital Santa Isabel, que estava em grande dificuldade, transformamos no primeiro hospital regional estadual público, agora temos o desafio de integrar com o Hospital Universitário, eu antes de vir para a cá, falei com a Dr. José Manuel e quase a Sandra está indo muito bem, vamos ver se de em janeiro nós fechamos esse complexo hospitalar junto com a faculdade de medicina, e a universidade… Temos o desafio de São José dos Campos, o Eduardo Cury já nos cedeu área no Jardim Satélite, porque também mais próximo de Jacareí; o Litoral Norte, vamos fazer um hospital novo, vamos transformar a Santa Casa em Hospital Regional, qual é o melhor caminho? Como referenciar? Esse é uma grande dificuldade que a gente verifica, hospital aberto, porta aberta, ele acaba sendo um grande consultório dando resposta aquelas consultas, mas a região perde o hospital, quer dizer, então é preciso hierarquizar referência e contra referência e ter um sistema integrado. Habitação, a gente liga a televisão, tragédia, tragédia, tragédia! Na época do verão, graças a Deus o Brasil não tem tsunami, não tem terremoto, mas tem chuva, e tem encostas, então, área de risco, está aqui o coronel Gervásio, nós vamos priorizar moradia, está aqui o [ininteligível] nessas áreas de risco, construção e podemos até dar a carta de credito, para ganhar tempo, “olha está aqui a carta de crédito, mas sai da área de risco”, as Prefeituras nos levantarem essas áreas para a gente agir rápido. Saneamento básico, o rio Paraíba do Sul melhorou muito, ele já está praticamente oxigenado em toda a extensão. E nós criamos um grupo de trabalho só de monitoramento para ir avançando, mas nós podemos andar mais depressa ainda com o tratamento de esgoto. Nós vamos ter um rio piscoso, um rio limpo, um rio importantíssimo para o abastecimento de água e as suas múltiplas atividades na região, na bacia hidrográfica. Campos Do Jordão, que é a Suíça brasileira não tratava esgoto e agora nós estamos avançando muito para ter aqui universalidade de água, tratamento de esgoto e, coleta e tratamento de esgoto, embora aqui vá para a Sapucaí Mirim e vai para bacia do Prata, não vai para o Paraíba. Mas enfim, planejamento regional.

Então, eu acho que a responsabilidade nossa é muito grande, mas a vontade de trabalhar também é muito grande. Então, o Edson Aparecido tem uma tarefa… Nós fechamos algumas secretarias, três, mas criamos duas. Região Metropolitana, o mundo moderno é urbano. 90% das cidades aqui da nossa região, são todas… Tem mais de 90% de urbanização, é urbano, emprego está nas cidades, e metropolitano. Você vai fazendo… Isso será bom, se nós tivermos planejamento, sinergia, saneamento básico, transporte, emprego, segurança, saúde para a população. A EMPLASA é um órgão extremamente qualificado para dar todo o apoio, as universidades aqui da região são grandes parceiras nossas, as entidades dos trabalhadores e dos empresários: Indústria, agricultura, serviços, turismo… Todas essas áreas, discutir com a região e trabalhar para resolver esses problemas. Evitar problema no futuro, ter planejamento regional, e de outro lado resolver problemas da população que mais necessita. Por isso, é uma grande alegria e nós vamos ter um grande trabalho pela frente. E quero aqui agradecer, começando por agradecer a Assembleia Legislativa de São Paulo, que aperfeiçoou o nosso projeto e em tempo recorde. Agradecer os deputados estaduais, aqui o padre Afonso Lobato. O Hélio [ininteligível], o Marco Aurélio, a Maria Lúcia Hanori, o líder do governo, o Deputado Samuel Moreira. Agradecer os ex-deputados que na Assembleia também tiveram papel importante, Carlinhos Almeida. Agradecer os nossos deputados federais, o Emanuel Fernandes, que como Secretário do Planejamento, tem um papel super importante em todo esse trabalho, o Governador Paulo Maluf, que é um amigo da nossa região e de Campos do Jordão, que representa o nosso estado lá em Brasília. E dizer da minha alegria, eu lembrava a pouco aqui, do tempo que era prefeito, aqui fazia parte do CODIVAP, aqui da região, e fiquei feliz de dizer que eu era cabeludo. Dia desse a minha secretária falou: “O seu barbeiro, o Sr. Donato, disse que viu o senhor na televisão, acho que o senhor tá muito cabeludo. O senhor não está tendo tempo de cortar cabelo. Se quiser ele vem aqui no Palácio”. Falei: “Não, essa fama é boa de cabeludo. Deixa correr”.

Mas dizer da alegria aqui de estarmos juntos. Agradecer os nossos secretários, o Jurandir já tem várias tarefas aí, regionais, porque nós vamos implantar aqui, todo ônibus intermunicipal, agora passa a ser metropolitano, é EMTU, regras, sinergia, custo menor, melhor qualidade, mudou. Aqui é metrópole, é região metropolitana, então ônibus já passa da ARTESP para EMTU, tratamento metropolitano. Estrada de ferro Campos do Jordão, tá pronto praticamente o novo trem. Nós vamos fazer uma grande revitalização da estrada de ferro de Campos do Jordão, que é o mais alto pico ferroviário do Brasil. Vamos fazer, está aqui presente o diretor, o Colos, da estrada de ferro Campos do Jordão. Fazer um grande investimento na estrada de ferro. O Coronel Gervásio, a área militar, a Casa Militar, que é a Defesa Civil. A nossa tarefa aí de junto com os prefeitos, a gente fazer o máximo pra evitar tragédias nessa época de chuva.

E agradecer em especial ao Édson, ele vai ter uma lição de casa, é um roteiro lá com uns 20 itens aqui da região para a gente trabalhar em conjunto aí no sentido de avançar. Nós temos a região metropolitana da baixada santista, nove cidades, conurbadas, não é, está tudo… duas até em uma ilha só, que é Santos e São Vicente; 19 na região metropolitana de Campinas; também uma conurbação maior; 39 em São Paulo, que nós reorganizamos; e 39 no Vale do Paraíba. E aqui, cinco microrregiões, o Vale Histórico, onde a questão do turismo cada vez mais forte. Hoje saiu uma matéria muito bonita do Estadão, um jornal da cidade de São Paulo, mostrando o Solar Major Novaes, um Cruzeiro, que já começou todo o restauro no Solar Major Novaes, lá em Cruzeiro. Aqui a região de Guaratinguetá, a região do médio vale; Taubaté, onde nós estamos incluídos; São José dos Campos; e o litoral de São Paulo. Aliás, é impressionante como as cidades têm que se desdobrar, eu fui antes à véspera do réveillon à Caraguá, entregar lá a Vila Dignidade, e o prefeito falou: A cidade tem 120 mil habitantes, 110 mil, mas nesse final de ano vai ter meio milhão aqui. Como é que você se estrutura. Então, isso é ótimo, quer dizer, ativa a economia. Mas, nós temos que trabalhar no sentido de fazer o máximo. E a ausência de notícia é boa notícia, né? Então, ninguém reclamou de falta d’água, sinal que as coisas estão funcionando. Então, a ausência de notícia é sinal de que as coisas estão caminhando. Mas, enfim, agradecer os nossos prefeitos, dizer que nós, Eduardo, vamos somar ao Codivap, é somar não é dividir, é unir esforços e ainda dar mais condições de a região poder servir melhor a São Paulo, servir melhor ao país. Eu quero deixar um abraço aqui, muito carinhoso, cumprimentar a prefeita, a Dra. Ana; cumprimentar também o Augusto, porque eu desci lá em Santo Antônio, ambas as cidades estão muito bonitas, muito bem cuidadas. E especialmente dizer que a nossa tarefa é suar a camisa, trabalharmos juntos com honestidade, transparência absoluta, sensibilidade social, trabalhar para a população que mais precisa e eficiência, administração, gestão, as questões ideológicas foram encolhendo ou mais próximas. A diferença de gestão, ela é cada vez maior. Nós temos que ter no setor público, não é, um esforço permanente. Essa é uma obra interminável. Cada um faz um avanço, mas nunca termina. Você sempre pode avançar mais. Dizer que fico feliz de estar aqui com os prefeitos, matando saudade do meu tempo de prefeito. E, governador Paulo Maluf, vejo aqui o Fauzi. Nós fomos tão bons prefeitos que o povo pediu para prorrogar, não é? Nós ficamos dois anos a mais. Aliás, é interessante esse fato. Eu vi que está aqui o pessoal do Vale, lá do Vale Paraibano, e tem uma situação engraçada. O prefeito de Piquete na época era o José Armando de Castro Ferreira. O Otacílio está aí ou não? Eu vi o Otacílio aí. O Zé Armando era prefeito de Piquete. Aí eu abri o jornal, o Vale Paraibano, está lá, primeira página: “Prefeito de Piquete diz que se prorrogarem o mandato, ele renuncia. Não aceita mandato ilegítimo, que não seja nascido do voto popular. Ele não aceita a prorrogação e renunciará imediatamente ao mandato e tal”. Aí eu liguei para o Zé Armando. Nós tínhamos sido eleitos, quatro anos, e estava discutindo se prorrogava mais dois para coincidir as eleições. Liguei e falei para ele: “Zé Armando, quer dizer que se prorrogar você vai renunciar, é isso?” Ele falou: “Mão, Geraldo. Você acredita em Papai Noel? Não vai ter prorrogação nenhuma. Imagina, isso aí é conversa mole. Não vai ter prorrogação. E eu estou aí na imprensa aí. Você viu hoje? Manchete já no jornal. Já dei três entrevistas em São Paulo para a Rádio Eldorado e tal. Eu estou aí e tal”. “Então tá bom”. Aí naquele tempo, década de 70, a Vilares estava sendo construída em Pinda e o Ministro de Minas e Energia, César Cals, veio visitar a Vilares, grande siderúrgica e tal. Aí ele me encontrou e falou: “Prefeito, o senhor está preparado para ficar mais dois anos?” Eu falei: “Por que, ministro?” Ele falou: “Não, porque está decidido. Vai prorrogar para coincidir os mandatos”. Mas eu fiquei quieto. Passado alguns meses, para, prorrogado. Congresso Nacional. Aí a imprensa foi em cima do Zé Armando. Aí o Zé Armando falou o seguinte: “Eu vou fazer um plebiscito para saber se o povo quer que eu fique ou quer que eu saia”. Passado um mês, nada de plebiscito. A imprensa foi em cima, o Zé Armando falou: “Olha, eu consultei o Tribunal Regional Eleitoral e o TRE diz o que meu plebiscito não tem previsão legal. Então eu vou fazer uma consulta popular”. Passado mais um mês, o jornal foi em cima, o Zé Armando falou: “Olha, eu reuni os funcionários da prefeitura e só os de gabinete – e eles pediram para eu continuar, né?” Você vê que a reforma política não é fácil. O mandato virou seis anos. Para quê? Para coincidir. Aí em seguida fizeram um outro de seis. Mas, enfim, vamos ao trabalho aí, Parabéns.