Alckmin discursa durante visita ao estande do Governo de São Paulo na Rio+20

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2012

ter, 19/06/2012 - 19h13 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Quero saudar o Dr. Paulo Nogueira Neto, ambientalista já homenageado com esta medalha, esta comenda engenheiro João Pedro Cardoso. Saudar os homenageados, Maurice Strong, Maritta Weser, Leopoldo da Silva Neves e a senadora, ministra Marina Silva, aqui representada pela Jane Villas Boas; deputado federal pelo estado-irmão do Rio de Janeiro, Fábio Leite; os nossos deputados estaduais, deputada Célia Leão; deputado Beto Trípoli, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa; deputado André Soares; secretário de Estado, deputado federal Edson Aparecido; secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi; secretário de Energia, deputado José Aníbal; secretário de Desenvolvimento Metropolitano, deputado Edson Aparecido; Sílvio Torres, secretário da Habitação; nosso anfitrião aqui hoje, deputado Bruno Covas, secretário do Meio Ambiente; Luciano Almeida, preside a Investe São Paulo; Suely Agostinho, diretora de Assuntos Governamentais e Recursos Humanos da Caterpillar; uma saudação aqui ao Clayton Ferreira Lino; uma saudação ao José Pedro de Oliveira Costa; uma saudação ao nosso queridíssimo Mroz, Marco Antonio Mroz.

Dizer da alegria de nos encontrarmos todos aqui, nessa casa de São Paulo, para celebrarmos conquistas importantes e assumirmos compromissos para o futuro. Primeiro, queria fazer uma pergunta: quem foi João Pedro Cardoso? Esse nome, patrono desta comenda. João Pedro Cardoso nasceu em Pindamonhangaba. O engenheiro agrônomo João Pedro Cardoso é meu conterrâneo, filho de Pindamonhangaba. E, há mais de um século, plantou uma palmeira que está em Araras. Quando fez cem anos da instituição do Dia da Árvore, eu fui lá em Araras e está lá, firme e forte, a palmeira. E aí foi instituído o Dia da Árvore. Então, o grande patrono para homenagear grandes ambientalistas, pessoas que contribuem com a humanidade.

Quero dizer que São Paulo, nessas últimas décadas, tem trabalhado, então nós temos… A cobertura vegetal de São Paulo, há 20 anos atrás, quando houve o encontro aqui do Rio, nós tínhamos 13,5% de cobertura vegetal. Vinte anos depois, nós temos 17,5% de cobertura vegetal. E a nossa meta para 2020 é 20% de cobertura vegetal; 2,5% a mais significam 400 milhões de árvores, que nós vamos plantar no Estado de São Paulo para atingir esses 20% de cobertura vegetal.

Nós tínhamos 93% de água tratada no Estado em 1992, hoje nós já passamos de 97%, praticamente a universalidade no abastecimento de água. E a coleta de esgoto, que era 80%, passou para 91%. E a nossa meta é chegar a 100%, tanto a coleta quanto o tratamento de esgoto. São Paulo sendo, exatamente, o primeiro Estado brasileiro a atingir a universalidade na questão do saneamento básico. Nós tivemos um investimento, só no Projeto Tietê, de US$ 1,6 bilhão nesse período. Foi o maior programa de saneamento ambiental da América Latina. E nós tivemos uma ampliação do esgoto tratado, que era só 24%, para 70% do esgoto tratado. E estamos na terceira fase do Projeto Tietê, inclusive com financiamento externo.

Nós tínhamos 502 municípios com lixão a céu aberto; 20 anos depois, nós ainda temos apenas 23, para poder alcançar os 100% com destino correto dos resíduos sólidos. Nós tínhamos, há 20 anos atrás, 43% de energia renovável. Hoje, o Estado de São Paulo tem um dos mais altos índices de matrizes energéticas do mundo: 55% de energia renovável. E o nosso compromisso é irmos para 69% de energia renovável até 2020.

Avançamos nesse período e eu gostei da palavra da diretora, da representante da ONU, hoje no encontro, Cristiane Figueira, que disse o seguinte: que os Estados subnacionais, eles podem – e os governos locais também – ter mais criatividade, ser mais ambiciosos, ampliar mais as metas, avançar ainda mais e fazer uma importante ponte entre o governo federal e as ações locais. E é exatamente isso que nós estamos fazendo, junto com os outros estados-irmãos aqui do Brasil.

E para celebrar essa data, assinamos hoje o decreto do Parque das Nascentes do Paranapanema, compondo o Mosaico do Paranapiacaba. O Mosaico do Paranapiacaba com mais de 300 mil hectares. Esse parque, 22.500 hectares, tem 1.002 nascentes no parque, por isso chama-se Nascentes do Paranapanema. É a maior concentração do macaco muriqui e de onça pintada da Mata Atlântica. E 1.002 nascentes para o Paranapanema, para a nossa bacia hidrográfica do Paranapanema.

E, além de assinar o decreto, como São Paulo não perde tempo, já há uma nova planta industrial da Caterpillar no protocolo assinado com a nossa Agência Investe São Paulo. E a Caterpillar, disse bem aqui a sua diretora, tem o seu compromisso com o pós-consumo, coisa que ia para o lixo e que vai ser reaproveitada com nova tecnologia, poupando energia, poupando recursos naturais, gerando emprego, agregando valor, mostrando a força da sustentabilidade e o compromisso com o meio ambiente, com a vida das pessoas.

A nossa palavra é de cumprimento, de alegria de nos encontrarmos todos hoje aqui. E tudo isso vai fazer a diferença, esse esforço. E nós vamos estimular, Bruno, os nossos 645 municípios para ações, também, locais; estímulos a essas ações locais e parceria com a sociedade civil organizada, para fazer esse trabalho em conjunto. Parabéns a todos.