Alckmin discursa na inauguração do Hospital de Câncer em Jales

Jales, 29 de junho de 2012

sex, 29/06/2012 - 15h40 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Saudar o nosso prefeito, anfitrião, prefeito de Jales, Humberto Parini; cumprimentar a Dra. Scyilla Duarte, presidente da Fundação Pio XII; cumprimentar o Henrique Prata, diretor-geral do Hospital do Câncer de Barretos; a Dona Eunice Diniz, nossa benemérita aqui do Hospital do Câncer de Barretos, aqui de Jales; o vice-prefeito Clóvis Viola; presidente da Câmara, o Macetão; Secretário da Saúde, professor Giovanni Cerri; secretário de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho; deputado federal, Edinho Araújo; deputados Carlão Pignatari e Itamar Borges; Dom Luiz Demétrio Valentini, nosso bispo diocesano de Jales; a irmã Isabela, coordenadora da Assistência Religiosa da diocese; prefeito de Ilha Solteira, deputado Edson Gomes; Três Fronteiras, o Flavinho; Urânio, o Airton; Santa Salete, o Manoel; Mira Estrela, o Márcio; Palmeira d’Oeste, o Pezão; Guarani d’Oeste, Odair; Santa Fé do Sul, para onde estamos indo, Favaleça; provedor da Santa Casa de Jales, José Pedro Venturini; Nossos secretários municipais, corpo clínico, todos os funcionários aqui do hospital, voluntários, amigas e amigos.

Uma grande alegria. Hoje é dia de São Pedro, dia 29, dia do pescador. Mas eu diria que para a região aqui é o dia da saúde. Nós estamos saindo de Fernandópolis e lá foi inaugurado o novo AME, com mais de dez especialidades médicas: equipamentos, toda a parte de diagnóstico, de imagem. E que vai 100% gratuito para atender a região. Lá também inauguramos a Rede Lucy Montoro, para atender pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, reabilitação e o projeto-piloto para idosos. E aqui em Jales, que temos desde 2010 o hospital, hoje um grande avanço, Henrique Prata, porque passa a ter 30 leitos de internação, dez leitos de terapia intensiva e quatro salas de cirurgia. Dobram os médicos, de 20 para 40, dobram os colaboradores, de 170 para 350 a equipe toda aqui do hospital. E pode ter coisa igual no mundo, mas melhor não tem, é campeão!

Humanização, design, tecnologia e saúde, qualificação dos profissionais. É um trabalho, realmente, fantástico. E tudo isso de graça, não tem convênio, não tem absolutamente nada. E no caso aqui, 100% financiado pelo Governo do Estado de São Paulo. Seu custeio, que começa agora a fase cirúrgica de grandes cirurgias, a partir de julho, e os pacientes vão deixar de ter que fazer essas grandes cirurgias e terapia intensiva, em casos mais complexos lá em Barretos. E aqui faz tudo: diagnóstico, tratamento, cirurgia, quimioterapia, tem a capela, e rádio… Capela não é, têm as duas capelas, tem a capela também de oração, e a capela é o local onde é preparado os produtos para a quimioterapia. E radioterapia.

Este ano, no Brasil, nós deveremos ter 500 mil novos casos de câncer, meio milhão. O câncer já é, no mundo, a segunda causa de morbimortalidade. E será, em dez a 15 anos, a primeira causa de morte no mundo. Uma boa notícia é que diagnosticada corretamente e tratada corretamente, é uma doença curável, a pessoa vai morrer de outra coisa, é uma doença curável. Mas são tratamentos complexos que, às vezes, exigem simultaneamente cirurgia, quimio, rádio, imunoterapia, acompanhamento clínico, então casos mais complicados.

Nós estamos muito felizes de poder participar aqui dessa entrega, quero agradecer à Dona Eunice Diniz, cumprimentando, agradecendo. Aqui teve metade, praticamente, do recurso da obra. Do recurso da obra foi doação da Dona Eunice Diniz, quero agradecer a ela, toda a família. Ela põe em prática uma verdade de que a vocação, a verdadeira vocação de homens e mulheres é servir as pessoas.

Quero agradecer ao professor Giovanni Cerri, nosso secretário da Saúde. Agradecer ao Saulo. Daqui nós estamos indo para Santa Fé do Sul, para entregar o primeiro trecho já duplicado da Rodovia Euclides da Cunha, são 38 km totalmente duplicados. E mais 60, 90 dias, já andou ficando pronto aí os demais trechos. E é também saúde, porque a terceira causa de morte é acidente, não é doença. Então, é uma vacina para a gente evitar acidentes.

Agradecer os nossos deputados, o Edinho, foi o meu colega de prefeitura. E naquele tempo, eu fiquei careca, mas ele está firme. A água daqui é melhor, não é? Agradecer aqui o Carlão e o Itamar Borges nos ajudam muito. Vocês têm bons deputados aqui na região, viu? Muito trabalhadores, ajudam muito lá na Assembleia Legislativa. Agradecer o nosso bispo, a alegria de estar aqui na diocese. E, principalmente, trazer uma palavra de estímulo aqui ao Henrique Prata.

Eu sou um fã do trabalho da sociedade. Vejo que os hospitais filantrópicos são uma herança de Portugal: 1543. Primeira Santa Casa do Brasil, Santa Casa de Santos. Isso, Brás Cubas conta que tinha uma rainha muito rica, uma das mulheres mais ricas da Europa do século XV, das grandes navegações, rainha Leonor de Aviz, que ela dizia que quando morresse, queria ser enterrada em um lugar de passagem para que todos pisassem sobre a sua campa, para lembrar a pequenez das coisas materiais frente à grandeza da eternidade. São esses os valores que nortearam os hospitais filantrópicos, que acabaram tendo grande dificuldade ao longo do tempo, porque atende de graça, atende quem precisa.

Então, o Henrique Prata é, cinco séculos depois, um novo momento que nos enche de confiança e de entusiasmo para prestar um serviço com essa qualidade, com essa qualidade que é feita aqui. Não só de hotelaria, mas qualidade na tecnologia, nos equipamentos e na formação médica, na formação profissional para ter um melhor resultado no enfrentamento de uma doença insidiosa como são os tumores malignos. Então, trazer um grande abraço aqui a você, Henrique e ao professor Giovanni, acho que é uma pela dobradinha – Neymar e Romarinho.

Dizer ao Parini que conte conosco. Já vamos verificar a questão da rodovia, a questão aqui, aqui nós temos uma Santa Casa, eu acho que sempre o caminho é a gente dar a mão para a Santa Casa, procurar ajudar. As Santas Casas todas passam por grande dificuldade em razão da tabela do SUS. Nós vamos trabalhar muito juntos para a gente poder melhorar ainda mais. Aqui em Jales nós também tivemos aqui o transporte escolar, o ônibus; temos aqui uma bela ETEC e FATEC, ambulância e creche… Você chegou a assinar? Não. Creche não. Se quiser, a hora que precisar estamos à inteira disposição. Mas deixar um grande abraço.

Eu, como anestesista, adoro centro cirúrgico, porque é o momento especial. Eu me lembro que o meu tempo de anestesista, fiz 3 mil anestesias. Um dia falou: “Não, mas fazer dormir é fácil”. Eu falei: “É verdade. Fazer dormir é fácil, o difícil é fazer acordar. Tem que ir e voltar”. Mas quero dizer da grande alegria de estar aqui com todos. Parabéns aqui a Jales, parabéns à região, essa verdadeira casa do amor e da vida, que vai trazer muitos bons frutos.
Parabéns a todos.