Cinema: Festival latino-americano traz 40 cineastas para São Paulo a partir do dia 10

As exibições dos filmes serão gratuitas no Memorial da América Latina,Cinesesc e na Sala Cinemateca entre os dias 10 e 16 de julho

ter, 04/07/2006 - 9h13 | Do Portal do Governo

Nunca no Brasil tantos cineastas latino-americanos estiveram reunidos num único evento. Serão nada menos que 40 nomes de diferentes gerações de todo o continente que participam em São Paulo do Primeiro Festival de Cinema Latino-americano. O evento será realizado entre os dias 10 e 16 de julho, no Memorial da América Latina, Cinesesc e Sala Cinemateca. Além da exibição de filmes, haverá uma série de palestras que pretendem levar à reflexão sobre a produção e os rumos do mercado na região. A respeitável mostra de filmes exibirá cerca de cem obras de diversas épocas, todas de grande representatividade.Nomes históricos do cinema latino-americano, como o chileno Miguel Littín, o cubano Juan Carlos Cremata Malberti e os argentinos Marcelo Piñeyro e Santiago Loza têm presença confirmada para a edição inaugural

do mais novo festival de cinema no Brasil. Devido à necessidade de discutir a singularidade estética da produção cinematográfica latino-americana, a Secretaria de Estado da Cultura e o Memorial da América Latina, organizaram um evento que pretende dar a dimensão que o segmento merece.Encontros e mesas de debates tratarão de temas como a estética do cinema latino-americano, o documentário na América Latina, as perspectivas de distribuição alternativa latino-americana e a retomada do movimento

cineclubista são alguns dos assuntos que estarão presentes. E tem muito mais. Oficinas de documentários e edição também farão parte do festival. Filmes clássicos dos anos 1950-1970, como “Lucía” (do cubano Humberto Solás), “Barravento” (do brasileiro Glauber Rocha), “Ukamau” (do boliviano Jorge Sanjínes) e os cubanos “Retrato de Teresa” (Pastor Vega),

“A Morte de Um Burocrata” e “Memórias do Subdesenvolvimento” (ambos de Tomás Gutierrez Alea) são também atrações da programação.O festival é um projeto proposto pelo Secretário de Estado da Cultura João Batista de Andrade. Ele acredita que o momento que o cinema latino-americano vive é bem especial em toda sua história. “Importantes

realizadores de vários países da América Latina fazem parte da produção mundial com destaque e alimentam o mercado independente. Nos últimos dez anos, produções excepcionais de países como Brasil, Argentina, Chile,

Uruguai e México têm conquistado importantes prêmios internacionais e desviado a atenção da crítica e dos produtores”, afirma Andrade.

E vai além: “O festival será importante para revelar uma nova visão mais moderna e atual do cinema latino-americano e de sua importância para nós e para o mundo.

O diretor geral do festival Felipe Macedo considera que São Paulo tem condições e necessidades suficientes para promover um encontro da cultura latino-americana. “Acredito que o festival vai gerar uma reflexão sobre

as origens do cinema, colocará em discussão características comuns da produção cinematográfica da América Latina, além de novas questões de mercado e o momento atual”, observou. O encontro, acrescentou, discutirá

a estética do cinema argentino – que tem se destacado em todo o mundo -, a produção brasileira, que ocupa mais espaço no mercado etc. “Enfim, reflexões com propostas concretas”, afirma Macedo. O diretor espera que o evento se consolide de imediato, uma vez que já nasce como um festival de grande importância. “Quero que o festival fique firmado como um marco de encontro do cinema na América Latina, que ocorra integração da produção de cinema, para desta forma cada vez mais crescer a produção e qualidade dos países envolvidos”. As exibições dos filmes serão gratuitas, a partir das 14h, no Memorial da América Latina,Cinesesc e na Sala Cinemateca.

Assessoria de imprensa da Secretaria da Cultura

C.A.