Entre as propostas apresentadas pelo sindicalistas estão ações de políticas públicas, segurança e redução da população carcerária.
O encontro foi realizado no Palácio dos Bandeirantes com a participação de representantes da CUT,CGTB,CGT,CAT,SDS e Força Sindical
‘Um momento histórico diferenciado, pois mostra que os brasileiros estão unidos contra todas as formas de deturpação da vida social’ disse o governador sobre o encontro.
“Um momento histórico diferenciado, pois mostra que os brasileiros estão unidos contra todas as formas de deturpação da vida social”. Assim, o governador Cláudio Lembo qualificou o encontro com as centrais sindicais realizado nesta terça-feira, dia 18, que apresentaram sugestões no combate à violência no Estado de São Paulo.
O encontro foi realizado no Palácio dos Bandeirantes com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) e Social Democracia Sindical (SDS).
Entre as propostas apresentadas pelo sindicalistas estão ações de políticas públicas que ofereçam qualificação profissional, emprego, educação, saúde e lazer. Na área de segurança foram sugeridas ações que permitam melhores condições de trabalho e salários. Outro tema abordado foi a necessidade de redução de população carcerária. “Temos uma morosidade da Justiça em liberar presos que já cumpriram suas penas. Precisamos pensar uma série de medidas, inclusive com mudanças na legislação, para acelerar essa situação”, disse Francisco Canindé Pegado, representante da CGT.
O governador destacou a importância da democracia e do igualitarismo social. “Sem o mínimo de igualdade, as pessoas tornam-se diferentes e mais frágeis, sendo agredidas por aquelas que podem mais”, disse o governador. E completou: “Esse binômio, liberdade e igualdade, tem que nos fazer viver e avançar”.
Lembo ressaltou também que a atual estrutura das polícias (Militar, Civil e Técnico Científica) tem um comando único, que se reúne na Secretaria da Segurança Pública. Mas ressaltou que cada corporação policial tem uma cultura própria que deve ser preservada.
Com relação à população carcerária, o governador informou que no Estado de São Paulo há 142 mil presos e, segundo ele, certamente “cerca de 12 mil poderiam já estar fora dos presídios”. Lembo sugeriu que as centrais realizassem mutirões juntos às varas de execução penais. “Seria muito importante um diálogo das centrais com o Poder Judiciário, que é o grande gargalo nesse momento para liberação de presos”, disse o governador. Pediu ainda que o representantes das centrais divulguem ainda mais o Disque-Denúncia junto aos trabalhadores.
Outra pauta discutida foi a privatização dos presídios, que para o governador, ainda está sendo estudada.
Ele ressaltou que ações para evitar entrada de celulares nos presídios continuam sendo realizadas e se mostrou completamente favorável à instalação do parlatório, local onde os presos se comunicariam com seu advogados através de vidros e ainda com gravação sigilosa das conversas.
Arthur Henrique da Silva Santos, representante da CUT, disse que o encontro foi muito produtivo. O governador se mostrou muito receptivo e foram discutidas ações importantes como a expansão dessa discussão para o Poder Judiciário.
Carlos Prado
